Arlindo Matos |
Contar a história da ocupação européia no mais novo continente é tarefa que requer muitos estudos e pesquisas, recheados de suposições que podem explicar em parte o que queremos entender dos primórdios da nossa civilização. Falar de Brasil e suas complexidades também não é fácil e não se pode afirmar quase nada com precisão, pois os registros históricos são controversos e dispersos para serem compilados homogeneamente. Mas o pior é não ter memória, história alguma como referência para nortear os que têm fascínio pela compreensão do passado para traduzir as tendências do futuro. Imagine caro leitor, o malabarismo que faz este que vos escreve para tentar colocar nestas páginas algo que sustente a história da trajetória de um Município, que hoje talvez seja somente a milésima parte de um país continental chamado Brasil. Mas é preciso ousar, é preciso coragem para grafar o que pode ser o perfil de uma terra longínqua incrustada numa Amazônia misteriosa, que de cara teve seu batismo originado de uma visão fantástica do explorador espanhol Francisco Orellana que na foz do rio Nhamundá teria encontrado uma tribo de índias guerreiras, nuas, muito altas e brancas, com cabelos largos, trançados e revoltos na cabeça, montando cavalos, isto por volta de 1.541 a 1.542, que o fez lembrar das amazonas do Termodonte (rio da Ásia). Até hoje ninguém mais viu coisa igual e a “fantasia” de Orelhana é o que vale e ainda é o emblema deste “Mundo Verde” irrigado pela maior bacia hidrográfica do mundo e uma fauna sem igual.
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